11 de fevereiro de 2019

Ontem, saindo do Hospital São Lucas da PUC, me dirigi para a mesma parada que por anos utilizei para pegar o ônibus depois das aulas da Famecos. Daí que lembrei de uma história que a professora de sociologia contou na época (inclusive uma das melhores professoras que tive na vida). Sempre tive afinidade maior com os mestres de humanas. Tirando o famoso Tatata Pimentel, que era um excelente professor de redação, os outros professores estavam mais interessados em formar técnicos em comunicação para servir à grande mídia do que instigar os alunos (que ao meu ver é a função mater de um educador). Mas voltando à historinha que a sôra narrou, ela estava na sala dos professores quando chegou uma colega indignada:
- Guria, meu carro tá na oficina e faz três dias que venho trabalhar de ônibus. Que humilhante, né?
O termo virou piada entre as outras colegas:
- Preciso correr senão vou perder meu humilhante.
- O humilhante estragou no meio da Ipiranga.
- Peguei um humilhante lotado.
Hoje li a notícia que as empresas de ônibus planejam aumentar a tarifa para R$ 4,78. Humilhante é pagar um absurdo por um serviço precário e enriquecer os bolsos de quem nunca precisou pegar um humilhante.

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